quarta-feira, 18 de março de 2009

Assumir a cura

Assumir a cura

Pra que voltar a andar pra trás, pra que buscar a escuridão?
Pra que buscar tristeza e dor, se a luz de Deus resplandeceu?
Pra que prender-me no meu “eu”, depois ficar olhando o chão?
Pra que voltar às codornizes, se eu já tenho o Pão dos céus?

Eu quero é luz, eu quero é paz, eu quero ser feliz
Quero viver a vida nova, eu quero estar em Deus
Quero assumir a minha cura, eu quero o meu lugar ao céu
Jesus rasgou o véu, libertou-me dos grilhões.

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É curioso, diria até que é inexplicável a maneira como nós, seres humanos, caímos nos mesmos erros! Parece que escolhemos um pecado como se fosse um “pecado de estimação”. Paulo, inspirado pelo Espírito Santo nos ensina que é o nosso “espinho na carne”.
Da mesma forma, estúpida e inexplicável, é a maneira com que enxergamos as curas de Deus em nossas vidas. Pedimos para que Ele nos ajude, nos cure, nos afaste de determinado pecado, Ele age, Ele faz, e passado algum tempo, vamos atrás do pecado, que já estava longe, e o abraçamos e nos lambuzamos, nos sujamos de novo, jogando a cura nos esgotos da vida. E assim conformados com a nossa miséria, vamos caminhando a passos lentos, porque verdadeiramente ainda não nos despimos do homem velho.
Assim, conformados com a “síndrome de Gabriela” que diz: eu nasci assim, eu cresci assim, não escutamos mais uma vez o que a Bíblia nos diz, para que não nos conformemos com este mundo. (Romanos 12)
É interessante observarmos que Paulo quando pede a Deus que Ele retire o espinho da sua carne, Deus lhe diz: “Basta-te a minha graça”. (II Coríntios 12) Portanto é essa graça que devemos buscar, já que somos fracos e temos consciência dessa fraqueza. E assim como temos consciência da nossa fraqueza, também temos consciência de que é justamente na nossa fraqueza que se revela a força de Deus. Não fosse assim Deus não teria escolhido os piores. Aliás o padre Léo dizia quase sempre que: a marca registrada de Deus é que Ele sempre escolhe os piores.
Na minha visão pequena, pobre, e pecadora, porém mergulhada na misericórdia de Deus, consigo enxergar que esse: “Basta-me a minha graça” que Deus nos diz, já é o início da cura interior, tantas vezes pregada e escrita pelo padre Léo. Esse “Basta-me a minha graça” já é o pontapé inicial para que não pequemos quando a vida nos prega alguma peça e “revoltados com Deus” não digamos: o que é um “pum” para quem está todo “sujo de coco”? E é essa cura interior que nos faz assumir Jesus e ninguém mais em nossa vida! E foi essa cura interior que fez Zaqueu parar de roubar. Foi essa cura interior que fez com que ele não se olhasse mais como um “tampinha”, “como um pintor de rodapé”! Foi essa cura interior que fez com que a prostituta quebrasse o vaso de alabastro de perfume caríssimo, quebrando com o vaso, todo um passado conturbado e prostituído. Foi essa cura interior que fez com que o leproso voltasse para agradecer a Jesus por sua cura! E é justamente a cura interior que faz com que vejamos as coisas diferentes e ouçamos o que Zaqueu ouviu de Jesus: “Hoje a salvação entrou na tua casa”.
A cura interior não é algo como um passe de mágica. Jesus não era mágico, nem tampouco um curandeiro. A cura interior também não significa que os problemas terminaram. Os problemas só terminam quando morremos! Aliás, nesse caso eu lembro de um ditado que diz que pobre quando acaba de construir a casa, ela já está precisando de reparos!
A cura anterior acontece quando vemos que somos fracos, e como somos fracos, precisamos de outros irmãos para nos ajudar. É assim que se dá com os animais mais fracos, pois vivem em bandos para se protegerem dos predadores. É assim que se dá com as aves, que voam em bando, e dessa forma, aproveitam o vácuo da ave da frente, e sucessivamente vão mudando de lugar alçando vôos mais longos. O bambu quando novo, deixa que outros bambus cresçam nele, para que mais tarde bem juntos e atados, somem forças contra os vendavais.
Portanto, caríssimos, cada dia deve ser visto como um novo dia. Assim como cada amanhecer deve ser visto como único, novo. Cada segundo é um milagre que não volta mais. Então tomemos posse da cura, principalmente a cura que chega no interior do nosso interior. Não jejuemos enquanto o Noivo estiver conosco! (Marcos 2,18-19). Não continuemos pondo remendo de pano novo em roupa velha! (Mateus 9,16). E não continuemos nos conformando com este mundo, nem tampouco usando a forma do mundo; mas nos deixemos ser transformados pelo Espírito Santo de Deus, para que este sim, nos modele.

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