terça-feira, 26 de maio de 2009

Guardai-vos dos falsos profetas

Particularmente eu “fico com o pé atrás” quando vejo homens, sejam eles, leigos, padres, pastores, bispos, arcebispos, cheios de si e vazios de Deus. “Fico com o pé atrás” quando vejo alguém parecendo um “santo do pau oco”, cheio de uma falsa moral que não cabe em um peito só. Pelo menos para mim, é fácil detectar (sem cair no pecado de julgar o meu semelhante) que esse ou aquele suposto “homem de Deus” apenas repete palavras bonitas ao vento e às pessoas. Para mim, não é qualquer ventinho que sopra que eu me ponho a seguir. Por isso, vejo que esses homens apenas falam, mas não vivem o que pregam, pois na verdade não desceram da árvore como Zaqueu. E justamente por não terem descido da árvore de suas próprias vidas para se tornarem ramos na verdadeira videira, que é a na verdade, a Árvore da vida, eles continuam a “cobrar impostos”, continuam enganando os corações, principalmente os corações dos mais simples, que contribuem para o enriquecimento desses “vendilhões do templo”, que diferentemente daquele tempo narrado por Jesus, não são expulsos por fazerem da casa do Pai uma casa de negociantes.
O resultado disso tudo, já que não há nada oculto que não venha a descobrir-se, e nada há escondido que não venha a ser conhecido, é que vemos os escândalos sendo estampados nos jornais “até que se prove ao contrário”, ou até que eles “se façam ouvir”, com relação às compras dos luxuosos apartamentos, e das contas bancárias tão gordas como as próprias “panças” desses “lobos gordos”.
Chegam a tal ponto de ludibriarem com a fé, que se aproveitam de um cartão de crédito que pedem fidelidade católica para usarem de uma descarada infidelidade com Deus.
Aliás, certa vez fiquei boquiaberto ao ver um desses “lobos descarados” dando orem ao seu motorista que deixasse o motor e o ar condicionado do carro ligados (o que durou mais de uma hora) para que ao retornar, a temperatura do próprio automóvel estivesse agradável, afinal ele era um homem letrado, de títulos, um homem “escolhido” para ser a voz da Igreja no Rio de Janeiro! Isso ao meu ver se chama infidelidade, principalmente com a viúva pobre que coloca o seu real na coleta!
Esse ato e vários outros atos desses líderes da Igreja, me levam a pensar, que justamente os que deveriam seguir de verdade os passos de Jesus, principalmente na simplicidade, no amor, fazem justamente ao contrário. São os “intocáveis”, são os “sábios”, que com suas respectivas sabedorias, e seus honoráveis títulos, não se esquecem de acrescentar uma empáfia incrível! Isso sem contar que se revestem de uma hipocrisia e de uma autoridade, que não pode vir do céu. Aos meus olhos, eles se bastam, não precisam do Cristo, e mais: vinculam o luxo ao lixo. Hoje, mais uma vez, vejo a Palavra se cumprir, quando diz: “Seus chefes estão como lobos que despedaçam a presa, derramando sangue, perdendo vidas para tirar proveito”. (Sofonias 3, 3)
Porém, nós, os leigos, nós. os pecadores, que descemos da árvore, nós, os “vermezinhos de Jacó”, devemos orar por esses homens, por esses “lobos”, pedir por eles, e crer que a misericórdia de Deus, assim como nos alcançou, os alcance. Nós devemos pedir um novo Pentecostes nesses corações. Devemos pedir a Deus, para que esses “mercenários da fé” se convertam. Devemos pedir para que eles aprendam que oração é justamente orar com ação. Devemos orar para que esses homens continuem com a tradição das orações, mas que tenham antes de tudo intimidade com simplicidade, tenham um diálogo franco e não apenas repetitivo com Deus. Devemos pedir para que esses homens tenham a atitude de Davi quando se arrependeu, e enxergou não somente o seu pecado, mas a sua própria miséria.
Eu da minha parte, já decidi que vou reduzir o meu dízimo. Aliás a maior parte do meu dízimo já se dá ajudando ao irmão que tem fome e também ao que precisa de estudar. Porém se a Palavra de Deus me diz para que eu dê o meu dízimo para o templo, eu o farei. Aumentarei o valor para os mais necessitados, diminuindo o valor para a Igreja. Dessa forma não estarei “sonegando” nada.
Para finalizar deixo claro que o meu Norte é Jesus. Deixo claro que nada me afasta da minha Igreja, nem perseguições, nem humilhações, nem mesmo os maus exemplos que chegam da alta cúpula. O importante é que eu sei o que quero, e o que eu quero é estar com Deus, servindo a Deus, que me aceita, mesmo na minha insignificância. Pois o saudoso padre Léo me ensinou que é preferível ser esterco nas mãos de Deus do que ser ouro nas mãos do homem.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O Sagrado Coração de Jesus

O Grupo de Partilha Familiar da Paróquia de São Sebastião de Parada de Lucas, pediu que eu fizesse uma colocação sobre o Sagrado Coração de Jesus. De pronto eu fiz as buscas “on line” sobre alguns escritos feitos por exemplo pelos Papas, Pio XII, Leão XIII, Pio X, Gregório Mágno, Bento XVI, que servem de grande valor como orientação sobre o assunto. Fui ainda pesquisando sobre Santa Catarina de Sena. Li um pouco sobre Santa Margarida Maria Alacoque, sobre as promessas do Sagrado Coração de Jesus às famílias que honrarem o Seu Sacratíssimo Coração, mas no meu coração, Deus foi inspirando, que na verdade eu poderia fazer a colocação no final sobre essas promessas de Jesus às famílias, mas o foco deveria ser o coração sagrado de Jesus que nos ama, nos sonda, nos acolhe, nos dá carinho, nos dá conselho, nos adverte, nos perdoa. Então comecei justamente onde a Bíblia narra que “um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água”. (João 19, 34).
Para quem não sabe, segundo alguns poucos relatos comentando sobre o assunto, esse soldado acaba se convertendo ao cristianismo, justamente porque o líquido (sangue e água) saído de Jesus teria respingado em seus olhos, curando-o da grave doença ocular que o afligia. Então ele abandona e exército e se torna um monge cristão que sai percorrendo a Cesárea e a Capadócia (atualmente Turquia). São Longino, ou São Longuinho, como é conhecido no Brasil, mais tarde, por ter abraçado a causa do Cristo, teve seus dentes arrancados e sua língua cortada. No Brasil e na Espanha sua festa é comemorada no dia 15 de março.
Se fossemos narrar todos os lindos relatos sobre o coração sagrado de Jesus levaríamos dias. Mas há alguns relatos muito ricos que trataremos de observar. Como por exemplo: O coração sagrado e profundamente humilde que vai até João Batista, e este diz à Jesus: “Eu devo ser batizado por ti e tu vens a mim! (Mateus 3, 14) Vemos nesse caso a justiça completa se cumprir. Ou seja; através da nova lei, o superior se faz servo.
Vemos ainda o coração sagrado e dono de toda sabedoria para citar nas próprias escrituras todas as respostas, fazendo o diabo ir embora tomando do próprio veneno. (Mateus 4, 1-11) Vemos também o coração sagrado e acolhedor quando Jesus escolhe pessoas simples, pobres pescadores como Simão e André, para que esses sejam seus seguidores. Para que esses homens, e outros tantos, dêem continuidade à obra iniciada por Ele. (Mateus 4, 18-22) Vemos também o coração sagrado e cheio de misericórdia ao acolher, sem julgar, mas apenas amando com seu amor curador pessoas como Maria Madalena, Zaqueu, a samaritana, Levi que depois se torna Mateus.
Vemos o coração sagrado e profundamente atento aos homens de fé, como no episódio do centurião. (Lucas 7, 1-10)
Vemos o coração sagrado e cheio do poder da cura, ao olhar para os cegos, para os leprosos, para mulher que há doze anos sangrava, para os paralíticos, para os possessos.
Vemos ainda o coração obediente ao Pai em todas as coisas, e a própria mãe, como no episódio das bodas de Caná .
Vemos o coração sagrado de Jesus repleto de perdão, ao olhar para Pedro no pátio do Sinédrio, após o mesmo tê-lo negado por três vezes, mesmo tendo sido avisado antes. Vemos o mesmo coração sagrado repleto de perdão ainda hoje todos os dias ao perdoar os nossos próprios pecados.
Sendo assim, no coração sagrado de Jesus, podemos na fé, afirmar que se encontra e se manifesta de maneira sublime o amor de Deus para a humanidade.
Termino o texto citando a encíclica “Haurietis aquas” com a qual Pio XII há cinqüenta nos deu um forte impulso ao culto do Sagrado Coração. Cito ainda o Papa Bento XVI que constata que a adoração ao amor a Deus, manifestado no coração transpassado na cruz, é imprescindível para a ida espiritual de todo cristão.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Black out

Vejo um black out na cidade
E a escuridão que enfim, invade
Ruas e praças, os prédios, as casas
As avenidas, e os carros no asfalto
Vejo um black out na cidade
Pó e fumaça, dominam, invadem
Vielas e guetos, e as coberturas
Nos endereços dos “nobres mais pobres”
Mas quem apagou a luz? Quem pôs no escuro essa cidade?
Quem deu a arma ao meliante? Diga, quem “levantou a Boca”?
Mas sempre há luz se temos fé, e a luz dissipa a escuridão
E muda rumos, abre trancas, e resgata vidas
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Os grandes centros, as grandes metrópoles, estão cada vez mais vivendo em um grande black out! E com o black out geralmente já não se enxerga mais nada a não ser vultos, pessoas sem rosto.
E esses black outs se expandiram para os endereços mais nobres. Para os sobrenomes respeitados, rompendo assim fronteiras, misturando classes, transformando tudo em pó, em fumaça.
Porém nos lugares onde não se paga o IPTU, ou que o IPTU é menor, o black out ainda é mais demorado, As autoridades pouco se importam com o tempo que o povo passa na escuridão e a segurança praticamente não existe. O direito é torto, a falta de cultura, a falta de escola, de lazer, de oportunidades, tudo faz com que a escuridão ainda se associe ao medo, e se instale mais fortemente nos lares, e nos corações dos menos favorecidos.
Isso sem contar que a área de risco, justamente pela escuridão que se dá em torno do “suburbano”, acaba tornando tudo mais vulnerável e favorável para que o pobre tenha muito mais sua vida colocada em risco, seja pela bala perdida que geralmente é encontrada no corpo de um inocente, seja pelo automóvel que lhe é roubado e consequentemente trocado por cocaína, maconha, etc.
Isso sem levar em conta que por ser área de risco, os seguros principalmente dos automóveis dos suburbanos se tornam quase que impraticáveis. Daí vemos geralmente os ricos com os suas “máquinas possantes”, pagando menos do que os de “mil cilindradas” dos suburbanos, o que é uma injustiça!
Mas voltando ao foco da mensagem, os black outs têm seus inícios quando o usuário de droga chega para comprar a sua cocaína, o seu crack, a sua maconha.
Os black outs se formam quando o usuário nem se toca de que aquela erva que ele está querendo “detonar” pra relaxar, tirou a vida de algum chefe de família, ou de algum adolescente, ou ainda de alguma criança inocente, seja num assalto que serviu para “levantar a boca”, seja num tiroteio que modificou a rota da droga e que agora ele “aperta”, sem culpa.
Os black outs são formados quando o “filhinho de papai” faz uma “carreira” e joga fora a carreira tão sonhada por seus pais para ele. Daí naquela carreira ele não consegue enxergar o sangue da grávida que foi morta no sinal fechado. Ele não consegue observar que o João Hélio foi arrastado não somente pelos assassinos, mas pela droga. Droga que ele ajuda mesmo sem querer, a colocar nas “Bocas”. Afinal de contas só existe traficante porque alguém compra a droga. Os black outs são formados quando o pobre “fuma”, “cheira” a televisão, a geladeira, a jóia, o vaso sanitário, a pia, o aparelho de som, que o seu pai, sua mãe, seu irmão, sua irmã, sua avó comprou com dificuldade.
Os black outs são formados também de dia, nos assaltos que por estar “doidão” o assaltante assassina o cobrador, sem que este esboce qualquer reação. Os black outs são formados pelos loucos usuários que no afã da droga, assaltam as escolas, e deixam alunos sem aula, na total escuridão do saber.
Os black outs se afunilam na boca de fumo, no traficante, no ladrão, no usuário, no familiar que sempre aguarda por uma notícia, com um sopro de esperança de que seu amado deixou, largou o vício, a “boca”, ou ainda a triste notícia de que seu coração não sabe se vai agüentar.
Os black outs se afunilam na conivência, na falta de decência, na corrupção. Porém quando as pessoas se abrem à Jesus, que é a luz, os black outs, são dissipados, pois a luz brilha nas trevas.
Os black outs são dissipados quando tomamos consciência de que na casa do Pai há sempre um lugar reservado para o filho que se arrepende. Foi assim com o filho pródigo.
Os black outs são dissipados, quando alguém deixa de dizer, simplesmente por dizer: fé em Deus, mas passa na verdade a dizer e a ter fé em Deus, que tudo pode, até mesmo mudar uma realidade de trevas, para uma realidade clara e cheia de luz.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Levar a vida

A falta de tempo e a velocidade do mundo atual está sendo atroz com o romantismo e principalmente com a relação à dois. O trabalho, os valores modificados, a própria internet, estão contribuindo para que muitos casais busquem a solidão, mesmo quando estão sob o mesmo teto. Pesquisas norte-americanas revelaram que a mulher e o homem estão preferindo ficar em frente ao monitor do computador do que propriamente fazer amor! Hoje muitas pessoas, muitos casais se tratam como robôs. Eu tenho essa tarefa, você tem aquela. Eu trabalho e você trabalha, e após o trabalho se tem a noite antecipando outra vez o trabalho. O romantismo, o cinema, o carinho, a flor, o passeio, a palavra para elevar a auto-estima, o elogio, tudo isso ficou em terceiro plano. Daí os divórcios, as separações, as solidões em massa. Hoje vemos casais unidos no papel, solitários, caminhando sempre separados. Parece que um tem vergonha do outro! Um vai lá na frente e o outro lá atrás, como estranhos, jogando no ralo toda a história que fizeram juntos. Daí o início para os adultérios. Grosseria geralmente gera grosseria, insatisfação geralmente gera insatisfação, do mesmo jeito que gentileza gera gentileza. O sofá de casa, cada vez mais está sendo substituído pela mesa de bar. A cerveja, a “loura” está entrando cada vez mais em campo, em substituição a mulher seja ela loura ou não. Porém não são poucas as vezes que vemos a mulher contribuir para que o marido também só chegue em casa bêbado para dormir. Pois muitas vezes ao invés de uma palavra de carinho, de um ato de amor, ela chega com agressões verbais e palavras que não valem a pena se repetir. As tvs, as novelas, também por sua vez ajudam para que os casais não coloquem suas respectivas conversas atualizadas. O futebol com os amigos, sem a presença das esposas, muitas vezes servem de desculpas para os adultérios, e também ajudam, contribuem não somente para que o marido gaste mais, como ajuda ainda a adiar o passeio no shopping, nem que seja para que o casal tome um simples sorvete, e partilhe sonhos, vidas, esperanças. Os elogios do cabelo que ficou bonito, o cabelo grisalho que está um charme, a roupa nova que ficou bem, passou a ser, quando notado, uma reclamação pelo gasto que se fez. Ele pode comprar o tênis novo, mas ela deve adiar a compra do vestido. Ela pode gastar com os remédios da mãe, mas ele não! A verdade é que o amor não é egoísta! O amor não é possessivo! O amor não busca os próprios interesses! E o diálogo é a base da compreensão. Um cede um pouco aqui, o outro cede um pouco ali e a vida segue seu rumo. Surpreenda seu parceiro amiga. Surpreenda sua parceira amigo. Uma calcinha de seda sempre é bem vinda. Uma cueca nova também. Uma música ambiente antes do “show no quarto” é sempre um toque a mais. Um regimezinho faz bem para o corpo, para alma, e para os olhos. Um passeio, um lanche, uma praia sempre ajuda a aguçar e a relembrar os tempos idos. Uma marquinha aqui e ali sempre deixa a libido mais elevada. Uma barba bem feita, além de melhorar a aparência , não machuca. Um cabelo feito, uma unha feita, na verdade não é gasto, mas investimento. No mais, é brincar de caça e caçador. No mais é viver a vida, diferentemente do que o Zeca Pagodinho diz: não deixar a vida levar, mas levar a vida.

Qual caçador

Quando caminhas, meus olhos te seguem
Qual caçador que observa a presa
E eu testemunho o charme e a beleza
Sentindo o cheiro, tua marca, no ar

Transpiras vida, e a garra dos fortes
Que sempre luta e bem sabe o que quer
Misto de frágil, doçura e verdade
Sinceridade, que os olhos revelam

E se tu passas eu sempre percebo
E se te sentas eu sempre te fito, e se te deitas eu acho bonito demais
E se tu falas eu paro e observo, e se te calas mesmo assim te ouço
Porque conheço teu jeito, tua pele, e que jeito e que pele!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Deus é amor

Deus é amor

É triste de ver as pessoas com ódio nos olhos
Impondo à força, com guerras, os seus pensamentos
Com armas possantes, com mísseis e bombas terríveis
Matando as pessoas, e o incrível, “em nome de Deus”!

É triste ver tantas pessoas “pescando em aquários”
E achando-se salvas, por mérito da religião
Os outros são ímpios, só eles são santos e justos
E seguem Julgando, e o incrível, falando de Deus!

Deus é amor, e no amor destrói fortalezas
Abre mares, cura, salva, liberta, nos traz a vitória
Deus é amor, pra que armas, pra que brigas
Pra que ódio, pra que isso, se Deus é amor?

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É impressionante como essa guerra nos países árabes se estende! É deprimente saber que países bem próximos, possuem tanto ódio um pelo outro, e vivendo, ou melhor: morrendo, na chamada “guerra santa”! É absurdamente terrível enxergar crianças crescendo e mesmo quando ainda não “fazem sombra” andarem com armas, soprando ódio pelas narinas, e ainda torcendo para dar a própria vida em nome de uma guerra sem nexo!
Pela tv, há anos nós assistimos de longe, crianças, mulheres, idosos e inocentes sendo dizimados, tendo seus lares bombardeados e infelizmente esses acontecimentos diários já se tornaram quase que normal. Muitas vezes mudamos até de canal, para não ver a barbárie enquanto jantamos, lanchamos, ou simplesmente estamos no aconchego do nosso lar, impassíveis.
A ONU por sua vez, “nada pode fazer”. Os países ricos não tomam partido, e de vez em quando alguém para variar, ganha um “Nobel da Paz”, por ter sujado o sapato, o calçado de terra.
Já na índia, país aliás divulgado e homenageado por uma novela global, o simples fato de alguém ser cristão “com muita sorte” o leva à prisão, pois geralmente o leva à morte. Mas isso a novela não mostra!
Já na Brasil, vemos as guerras de religiões um pouco mais “light”. Vemos principalmente pastores “pescando em aquários”, Vemos claramente a disputa de audiência na tv aberta, onde não é raro se ver um pastor criticando outro pastor (sem dizer o nome para não ser processado), mas criticando principalmente a Igreja Universal (também sem dizer o nome), por não ceder espaço principalmente para as outras denominações na emissora do Edir Macedo. Isso quando não começam com a mesma ladainha contra a Igreja Católica, dizendo que é adoradora imagens, de Maria etc.
Com toda essa realidade triste, posso deduzir que mesmo essas pessoas sabendo que Deus é amor, elas preferem conquistar almas na marra, na imposição. Sendo assim acabam pregando não o nome de Deus, Jesus, Javé, Jeová, Emanuel, Gadesh, Buda, Maomé, mas pregando o ódio que é do inimigo de Deus, o próprio diabo.
Acredito que as pessoas de qualquer religião, vivessem aquilo que pregam, que acreditam, que almejam para sua vida, o mundo não viveria em guerra. Acredito que se as pessoas olhassem de fato para suas próprias vidas e buscassem viver o que aprendem seja na Bíblia, Alcorão, ou Torat, o mundo não seria o que testemunhamos. Poucos com muito e muitos sem nada. Poucos bilionários “sem herdeiros”, e muitos miseráveis herdando a morte e a miséria.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

É como uma orquestra de viola

Qual cheiro de terra molhada o teu cheiro possui assinatura
Qual lua que brilha na serra, teus olhos refletem o interior
Qual pingos de chuva ao telhado, o teu caminhar é feito canção
Ensaiada, sincopada, é como uma orquestra de viola

Qual brisa da tarde que chega já antecipando o anoitecer
Qual onda bem mansa na praia jogando respingo, em noite calma
Qual pêssego, pêra macia, tua pele, tua fala, é poesia
Recitada, sincopada, é como uma orquestra de viola

Qual livro de Pablo Neruda, qual linda pintura de Monet
Película de Charles Chaplin, como sinfonia de Chopin
Poema de Carlos Drumond, onde tu és a própria inspiração
Retratada, sincopada, é como uma orquestra de viola.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

M Ã E

Retratar a mãe para mim, é muito mais do que retratar um ser genitor. É muito mais do que retratar um amor sem interesses. Retratar a mãe pra mim, é nada mais nada menos do que retratar aquela que foi comparada pelo próprio Deus no livro de Isaías. (44,2). E é lindo ver o Autor Sagrado, se valer do amor de mãe para explicar com mais clareza o que é na verdade o Amor de Deus.
Mãe é aquela, que se preciso for passa fome, e para que seus filhos não fiquem preocupados e tristes, ainda é capaz de dizer que já fez um lanche na rua, que já comeu. A sua visão, a sua maneira de se dar por inteiro, a faz capaz de não deixar nada de nada para si mesma.
Mãe é aquela que gera, primeiro no coração e depois no ventre (ou não). É também aquela que amamenta o corpo do seu filho com o leite sagrado que chega do néctar da própria alma. É aquela que não somente alimenta, mas protege seu filho com a garra da guerreira ferida.
Mãe é aquela que é xingada mesmo sem ter culpa nenhuma de ter um filho árbitro de futebol, de ter um filho que faz “barbeiragens” no trânsito, de ter um filho que não por culpa dela muitas vezes, age sem escrúpulos.
Mãe é a sábia, a doutora, a enfermeira, a dentista, a analista, a ouvidora, cuja faculdade muitas vezes foi feita na vida (que não dá diploma). Mãe é a cozinheira, a empregada “sem salário”. Mãe é a bengala, o ombro forte, a que antecipa, a que intercede. Acredito que toda mãe possui um pouco de Maria Santíssima. Acredito que toda mãe que verdadeiramente é mãe escuta Deus dizendo quando o filho ou a filha nasce (mesmo se adotado): Mulher, eis aí o teu filho! E ela acolhe o filho, acolhe a filha. Acolhe como a própria Virgem acolheu e ensinou a Jesus, a crescer em sabedoria e graça. Acredito que essa é a maior missão da mãe.
Mãe é aquela que, quando humilhada, se vê nutrida por esperanças. Mãe é aquela que suporta as ingratidões, a falta de agradecimento, e mesmo assim nada a impede de seguir lavando, limpando, cozinhando, ajudando. Afinal de contas uma mãe é para cem filhos, porém cem filhos não pagam o amor, a gratidão, o afeto, o empenho de uma mãe.
Mãe é aquela que enxerga de um modo que só quem engravida entende. E toda mãe possui um perfume inconfundível. É assim também no mundo animal. E acredito que esse perfume inconfundível é justamente porque toda mãe transpira Deus.